Escutar em estéreo: experimentando a música através de um implante de condução óssea bilateral

Aqueles que já tiveram uma perda auditiva importante, frequentemente dizem que se sentem socialmente isolados, enquanto todos os demais desfrutam da música. Jaime Amador, se dedicou a tocar bateria ainda sofrendo de hipoacusia (perda auditiva) severa. A boa notícia é que graças aos seus implantes de condução óssea bilaterais, pôde reconectar-se com a alegria da música.

“Dois ouvidos ouvem melhor do que um” parece ser uma afirmação óbvia. E por décadas, tratar pessoas com perda auditiva bilateral com dois aparelhos auditivos era o padrão de tratamento. Os benefícios são um fato reconhecido, e, oferecer somente um aparelho auditivo para estas pessoas parece não ter sentido para a maioria. 

Mas: O que existe sobre a condução óssea? As pessoas com perda auditiva mista e condutiva bilateral não se beneficiam também com a estimulação bilateral? A evidência clínica disponível indica que um método para os dois ouvidos conduz ao seguinte: 

Audição binaural

Ouvir os sons que provêm do ambiente é importante para gerar uma paisagem sonora completa. É benéfico em todas as situações, inclusive nas conversações ou reuniões do trabalho, na escola ou em casa. Um ajuste bilateral oferece um efeito somatório que conduz a um nível dinâmico melhorado e uma melhor audição em ambientes barulhentos. 

Um implante de condução óssea é a solução para perda auditiva? Para ela, foi sim! 

Além do mais, em pacientes com limiares de condução óssea simétrica, está comprovado que se produz um processamento binaural tanto nos adultos quanto nas crianças, o que dá como resultado, uma melhor audição em ambientes barulhentos.

Melhor audição em ambientes barulhentos.

A história de Jaime Amador: a música se sente e agora… também se ouve

Quando Jaime Amador escutava rock na sua adolescência, que tanto gostava, sonhava com a Dave Mathews Band e em conseguir a mesma caixa da bateria que os Spin Doctors utilizavam, gostos musicais que ainda hoje conserva, bandas barulhentas com muitos tambores e baixos. 

Porém, depois de Jaime ter tido a oportunidade de receber um implante Baha® em 2008, descobriu que este tipo de música era a ideal para ele seguir tocando bateria. 

«Estava me afastando dos sons que amava », diz, «mas também me senti mais atraído pelos sons que nunca tinha apreciado antes; depois do meu primeiro implante de condução óssea, vi que tinha feito a melhor escolha”. 

Há muitas histórias como esta entre as pessoas que recebem implantes de condução óssea, e há uma boa razão: um implante não é somente um aparelho auditivo de luxo. 

Quando o seu implante de condução óssea foi ativado pela primeira vez, o mundo soava diferente. 

«Um aparelho auditivo é realmente um amplificador, e apesar de antes nunca ter tido um, sempre escutei com a audição residual do meu ouvido bom, e não era o mesmo.

O implante na realidade está evitando a parte com problema do ouvido médio e estimulando as células auditivas do ouvido interno ».

Como resultado, a experiência de escutar música ou qualquer outro som através do ouvido, com ou sem aparelho auditivo, pode ser completamente diferente do que a experiência de escutar através de um implante de condução óssea. «Basicamente, você está aprendendo a redistribuir sons no mundo do áudio». 

A vida auditiva de uma criança

Jaime tem 38 anos, é jornalista e mora em Bogotá. Nasceu com microtia unilateral (é um defeito no qual a orelha é pequena e não se formou corretamente em um dos ouvidos), razão pela qual tem perda auditiva em seu ouvido direito. Por sua vez, o ouvido esquerdo estava afetado por um colesteatoma (é um cisto cutâneo no ouvido médio, formado por células cutâneas e resíduos obstruídos). 

Isso foi na década de 1980, e os implantes ainda não estavam ao alcance das mãos e, o otorrinolaringologista que acompanhava o Jaime durante toda a sua vida, foi consciente de que com a audição do seu ouvido esquerdo, poderia ter uma vida normal, até que posteriores cirurgias acabaram diminuindo a sua audição. 

Com o passar dos anos, inclusive com muito esforço e com a ajuda do seu gravador de jornalista para amplificar os sons nas suas aulas na universidade, Jaime entendia muito pouco das conversações e sons ao seu redor. Fez uso da leitura labial e da criatividade para sobreviver. 

Seu refúgio foi a música, especialmente no rock indie e alternativo que aumentaram os sons de baixa frequência que escutava melhor. Inclusive, faz parte de uma banda de rock católico há 15 anos. 

«Eu adoro a música », diz. «Não só o som da música, mas toda a teoria da música, a energia que se cria, a conexão entre uma banda e o público e somente a ideia de fazer rock». 

Jaime seguiu com a escola e a universidade. Depois, aos 28 anos e depois de várias cirurgias no seu ouvido esquerdo, a audição que tinha diminuiu. 

Neste momento, os implantes cocleares tinham melhorado muito e tinham se convertido em uma opção comum para as pessoas com perda auditiva condutiva ou mista. Então, Jaime, depois de pensar muito e após o seu médico otorrinolaringologista ter indicado que era a única solução para a sua perda auditiva, decidiu provar a nova tecnologia.

solução para a perda auditiva

Os implantes de condução óssea redefinem o significado de ser surdo

Depois de ter recebido seu primeiro implante em 2008, um sistema Cochlear ™ Baha® Connect para o seu ouvido direito e, passados três meses, depois de se recuperar da cirurgia, Jaime recebeu o processador de som que funcionava de maneira similar a um aparelho auditivo convencional. 

Jaime disse que quando o audiologista ativou seu dispositivo pela primeira vez, não estava preparado para a forma como as pessoas soariam. «Lembro que nessa época fui a uma formatura de uma das minhas amigas, e nesse evento iria tocar uma orquestra. No momento em que a música começou, não podia acreditar no som, fiquei atordoado e me dei conta dos instrumentos que não conseguia distinguir antes », comenta. 

Há apenas um ano e, uma vez mais, por recomendação do seu médico, decidiu que era o momento de implantar o seu ouvido esquerdo, porque o som residual já não era mais suficiente. Esta vez, foi implantado com um sistema Cochlear™ Baha® Attract.

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Durante os seguintes meses, o cérebro do Jaime aprendeu a decifrar outros sons e vibrações, a tocar bateria sem a necessidade de se guiar tanto pelo baixo, que era como fazia antes. 

Começou a escutar sons que antes não sabia que existiam graças ao Mini Microphone 2+ que oferece conectividade com fontes de áudio (conector de entrada), sistemas de bucle (antena integrada) e sistemas FM (compatibilidade FM com conector europeu de três pinos). 

“Graças a isso, descobri sons que não sabia que podiam existir, estava assistindo a série Game of Thrones e não sabia que as flechas lançadas nos dragões emitiam um som. Eu também adoro as corridas de carros e somente depois de receber ambos os implantes e o acessório, descobri que o vento emite um som particular quando os carros entram em um túnel. Foi como escutar em estéreo pela primeira vez”. 

Jaime sabe que a bilateralidade é o que lhe permite ser um melhor e mais completo jornalista e compreender a música que o apaixona de forma diferente e interpretá-la com mais segurança.

Tenha em conta
A informação neste guia é somente para fins educativos e não tem a intenção de diagnosticar, prescrever tratamento ou substituir o conselho do médico. Consulte o seu médico ou profissional da saúde sobre os tratamentos para a perda da audição. Eles poderão assessorar sobre uma solução adequada para a sua condição de perda auditiva. Todos os produtos devem ser usados somente segundo as indicações do seu médico ou profissional da saúde. Nem todos os produtos estão disponíveis em todos os países. Por favor, entre em contato com seu representante local da Cochlear™.

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