“Um implante é a melhor coisa que pode acontecer na vida!”

Estava emocionada. Quando ela nos contou essa história, faltavam apenas dois dias para entrar em cirurgia e receber seu novo implante Cochlear™ Baha® Attract.

Lorena Chaparro tem 20 anos e sabe os nomes de cada uma das partes de seus ouvidos, dos exames que precisou fazer, das clínicas que frequentou, dos modelos de soluções auditivas e dos aparelhos que utilizou. Lembra-se com carinho de todos os momentos da terapia, das idas ao hospital, da atenção recebida na clínica, de seu médico de toda a vida: Dr. Rivas. 

Como foi nascer com perda auditiva, passar a sua infância, crescer com um implante auditivo e no fim ver que tudo valeu a pena? 

Nascendo com perda auditiva

Quando Lorena saiu do ventre de sua mãe e o médico levou o bebê em suas mãos, a sala de parto ficou em silêncio. Ela não chorou. A equipe médica ao redor também não disse nada quando detectou que a pequena não tinha orelhas normais. 

Quando sua mãe perguntou o que deveria fazer, o médico apressou-se a responder: “Isso pode ser resolvido com uma cirurgia estética”. Felizmente, Pola Chaparro, fonoaudióloga e membro da família de Lorena, solicitou a realização do teste de potenciais evocados auditivos (PEATE ou BERA). Quando eles colocaram um diapasão na testa, a menina começou a chorar. Sim, ela podia ouvir! 

Lorena Chaparro nasceu em Sogamoso, Colômbia, em 1999 e foi diagnosticada com microtia bilateral com agenesia dos condutos uma semana após o nascimento. Sua anatomia é caracterizada pela ausência de pavilhões e condutos médios, mas seus condutos internos funcionam bem.

Infância: primeiro implante

Lorena, com uma voz simpática e uma fluência igualmente surpreendente, lembra-se de muitas anedotas: quando ela colocou um chocalho na boca para ouvi-lo. O dia em que estreou seu primeiro aparelho auditivo e como ele combinava com todos os seus vestidos. Quando tinha 5 anos, foi uma das primeiras meninas na Colômbia a colocar um implante Cochlear™ Baha® Connect. 

Quando ela estava caminhando em uma fazenda em Yopal, sentiu que o implante caiu; tiveram que sair correndo com ela até Bogotá. Quando ela viajou com a mãe ao Uruguai e em uma praia um de seus ouvidos infeccionou, “os cirurgiões-plásticos não sabiam o que fazer. Ninguém conhecia um implante Baha®. No fim, ela ficou aliviada com a aplicação de água oxigenada”, conta entre risos. 

Desde o início, sua mãe Adriana e sua tia Pola fizeram tudo o que podiam para que Lorena conversasse como faz hoje: “Todos os dias eu tinha terapia e estava tão cansada que me recusei a continuar. Não queria terapias, queria brincar! Mas agora eu devo muito ao tratamento”. 

Crescer

“Eu cresci como qualquer garota. Fiz aulas de equitação, patinação e muitas outras atividades para desenvolver o equilíbrio e ter uma vida social. Minha mãe queria que eu falasse com outras pessoas e tivesse uma vida normal”. Ainda que assim fosse, a adolescência seria mais difícil. “Quando você é pequeno, as crianças não se importam se você tem algo ou não, elas brincam com você de qualquer maneira. Mas, na escola, quando você é adolescente, o impacto social é diferente. Eles deixam você de lado, param de falar com você, você é estranha. Quando eu pedi ao professor para repetir, eles me disseram: ‘Oh! Novamente aquela que não escuta’. Foi difícil. Comecei a me isolar para que ninguém olhasse para mim, deixava meu cabelo comprido, eu me cobria. Não tinha amigos. Em geral, era a única que não tinha namorado. Não queria estar lá, mas não fui capaz de dizer à minha mãe que sofria bullying. Por fim, consegui chegar no segundo ano do segundo grau quando recebi uma cirurgia maxilofacial muito complexa. Como não tinha nenhum pavilhão, meu rosto começou a crescer para o lado direito. Eu me senti muito mal comigo mesma e me sentia inferiorizada em relação às outras pessoas.” 

Aceitar

No último ano de escola, Lorena já tinha tido seu primeiro namorado. E por que isso é relevante? Porque foi um dos momentos em que ela entendeu que poderia ser amada como era: “Para mim, ter um namorado era como ‘Uau! Alguém não se importa com a minha perda auditiva, apenas com quem eu sou!’”. 

De certa forma, ela já havia se aceitado. Em algum momento sua mãe lhe deu a opção de fazer uma plástica reconstrutiva de orelhas, no entanto, não quis realizá-la, em vez disso pensou: “Eu não tenho que ser igual a todos, eu não tenho que mudar o que me faz diferente no mundo. Eu gosto das minhas pequenas orelhas. Minhas orelhas são parte da minha identidade”. 

Um mundo de possibilidades para ouvir 

Após uma infecção, em 2017, retiraram o implante de Lorena. Enquanto ela estava se recuperando para fazer uma nova intervenção cirúrgica, sua opção foi usar um Baha® Softband, uma solução que não requer cirurgia. É uma faixa com um ou dois discos de conexão (para perda unilateral ou bilateral) que se adapta à cabeça do usuário. 

Lorena estava prestes a terminar a escola e queria se sentir melhor. Por isso, quando conheceu o Baha® SoundArc, disse: “Quero isso para a minha formatura!”. Ela o queria, 

porque não seria notado. Então, para o dia da formatura, essa foi sua grande surpresa.

Um implante é a melhor coisa que pode acontecer na vida

Tanto o Softband quanto o SoundArc trabalham com a mesma tecnologia e são compatíveis com os processadores Baha® 5, porém, este último possui um design moderno, é leve, prático, fácil de colocar e tirar. 

Uma nova oportunidade: o Baha® Attract 

Quando o implante foi removido, o médico especialista, dr. Rivas, deu a Lorena uma nova alternativa: um Baha® Attract. Ao contrário do Baha® Connect, que se conecta ao processador com um pilar sobre a pele, ele usa uma conexão magnética sob a pele para atrair o processador de som para o implante. 

O que isso significa? Com o novo Baha® Attract, Lorena será mais autônoma. Não terá que prestar atenção ao cuidado externo da pele onde os implantes estão ou pedir ajuda para a limpeza. Ele também será conectado a um poderoso e inteligente processador Baha® 5 Power, que se adapta a todos os ambientes. 

“Estou muito feliz porque esses novos implantes vão me conectar com tudo! Tudo estará lá dentro! Eu poderei fazer chamadas do meu iPhone sem um alto-falante, assistir à televisão sem legendas e ouvir música com fones de ouvido. Eu poderei fazer coisas que não podia fazer antes e isso me anima muito”, diz ela. 

Cada solução auditiva tem sido uma nova oportunidade para Lorena. Segundo ela, com cada um deles ela escutou novos sons. Por isso, agora, a sua maior curiosidade é saber quais novos sons descobrirá. 

Você também pode ler: Como é feita uma cirurgia de implante auditivo Baha® Connect e Baha® Attract. 

Fico feliz em ouvir e trabalhar para que mais pessoas sejam ouvidas."

Lorena sempre se sentiu motivada a ajudar as pessoas, mas no começo ela não estava certa sobre o que queria fazer na vida. Em Sogamoso (Colômbia), foi voluntária da Fundação Vita Nova, que realiza terapias com cavalos para pessoas com diversidade funcional. Então, encorajada por seu otorrino, dr. Rivas, escolheu o seu caminho: ser fonoaudióloga. Lorena atualmente frequenta o terceiro semestre de Fonoaudiologia na Escola Colombiana de Reabilitação – ECR – em Bogotá (Colômbia). 

Ela sabe que essa é a melhor maneira de ajudar os outros. Ninguém pode entender melhor a perda auditiva como alguém que a viveu: “Ninguém pode entender o que é se infectar, doer a pele, ter que limpar todos os dias, colocando e retirando a cobertura dos processadores, ficar sem bateria na aula de ginástica. Eu entendo isso”. 

Como ela compreendeu a condição de perda auditiva, entendeu que não é tão complexa. 

“O que diria hoje para uma menina que nasceu com problemas de audição? Eu diria que tudo ficará bem. Um implante é a melhor coisa que pode acontecer na vida! Quem você vai ser será graças a essa cirurgia. E a todas as pessoas que tornarão isso possível”. 

“Eu estou onde estou graças à minha mãe, que me levou aos fonoaudiólogos que fizeram as audiometrias; aos psicólogos, terapeutas e médicos que dedicaram o seu tempo. À Cochlear™, que é minha família. Minha família queria um milagre e Deus já fez isso. Ele me fez diferente para que as pessoas vissem que você pode ser diferente e extraordinário. Eu amo ser quem sou, sair com meus amigos, andar a cavalo, fazer esportes de risco, ser e fazer tudo. Fico feliz em ouvir e é por isso que quero trabalhar para que mais pessoas sejam ouvidas”, conclui Lorena, que também é embaixadora da Cochlear™. 

Tenha em conta
A informação neste guia é somente para fins educativos e não tem a intenção de diagnosticar, prescrever tratamento ou substituir o conselho do médico. Consulte o seu médico ou profissional da saúde sobre os tratamentos para a perda da audição. Eles poderão assessorar sobre uma solução adequada para a sua condição de perda auditiva. Todos os produtos devem ser usados somente segundo as indicações do seu médico ou profissional da saúde. Nem todos os produtos estão disponíveis em todos os países. Por favor, entre em contato com seu representante local da Cochlear™.