Microtia e atresia: qual a frequência na América Latina?

A prevalência da microtia e da atresia na América do Sul é de 3.2 para cada 10.000 nascimentos, atribuído à etnia e às grandes alturas de algumas cidades¹. Bogotá é a cidade com a maior quantidade de casos de microtia² no mundo.

Sete milhões de colombianos têm problemas de audição. Segundo informa o Ministério da Saúde³. As autoridades do país destacam que existem fatores externos que poderiam gerar perda auditiva, como a exposição ao barulho, o uso excessivo de fones, o tráfego, o consumo de álcool, alguns medicamentos e substâncias psicoativas. Além do mais, também se sabe que a perda auditiva pode estar relacionada a problemas congênitos.

Segundo uma pesquisa da Universidad Javeriana, as anomalias da orelha são as malformações congênitas mais frequentes no país, com uma taxa de 74,13 para cada 10.000 nascidos vivos. Inclusive, Bogotá se destaca por ser a capital do país e por ser a cidade com maior número de casos de microtia no mundo inteiro.

Frequência de malformações congênitas na Colômbia

O que é a microtia e a atresia?

A microtia e a atresia são malformações congênitas otológicas que comprometem a forma ou até mesmo a presença de algumas estruturas fundamentais do ouvido, alterando a correta audição das pessoas.

A microtia é a alteração na forma do pavilhão auricular, o que faz com que a orelha seja menor ou tenha alterações em sua forma. Existem diferentes graus de microtia e, geralmente, o componente estético é o que mais chama a atenção dos pais. 

No entanto, tanto para as crianças quanto para os adultos com microtia é muito importante identificar ou confirmar a existência de perda auditiva para poder tratá-la, sempre contando com a assessoria de uma equipe de profissionais de saúde como otorrinolaringologistas ou audiologistas.

É possível também optar por alternativas para tratar o componente estético da microtia, como as próteses ou as cirurgias reconstrutivas. Os especialistas sugerem que seja uma decisão do paciente a escolha do procedimento que pode ser uma prótese fixada ao osso ou uma reconstrução cirúrgica do ouvido externo.

A atresia aural congênita, por sua vez, se refere à ausência do canal auditivo externo. Seu tratamento pode ser a cirurgia reconstrutiva ou o uso de implantes de condução óssea, mas a decisão de qual das duas opções é a melhor dependerá de cada pessoa e das recomendações de especialistas.

É uma decisão, portanto, que não deve ser tomada com pressa. Tanto para a microtia quanto para a atresia, é muito importante identificar se existe uma perda auditiva associada e tratá-la rapidamente.

No caso das crianças, isto permitirá obter os melhores resultados possíveis em seu desenvolvimento de linguagem e existem soluções auditiva de condução óssea que não exigem cirurgia e podem ser adaptadas para os bebês desde muito pequenos. 

De qualquer maneira, os adultos com microtia e atresia que ainda não tenham tratado a sua perda auditiva podem ser beneficiados pelos implantes auditivos que facilitam a comunicação e, assim, podem melhorar a sua qualidade de vida.

Tenha em conta
A informação neste guia é somente para fins educativos e não tem a intenção de diagnosticar, prescrever tratamento ou substituir o conselho do médico. Consulte o seu médico ou profissional da saúde sobre os tratamentos para a perda da audição. Eles poderão assessorar sobre uma solução adequada para a sua condição de perda auditiva. Todos os produtos devem ser usados somente segundo as indicações do seu médico ou profissional da saúde. Nem todos os produtos estão disponíveis em todos os países. Por favor, entre em contato com seu representante local da Cochlear™.

Referencias
¹ Luquetti DV, Heike CL, Hing AV, Cunningham ML, Cox TC. Microtia: Epidemiology & Genetics. Am J Med Genet A. enero de 2012;158A(1):124-39.
² https://medicinaysaludpublica.com/bogota-ciudad-con-mas-casos-ninos-con-microtia-mundo/
³ https://www.minsalud.gov.co/Regiones/Paginas/Audici%C3%B3n-sana-y-segura-en-el-curso-de-vida.aspx

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