A cóclea é uma estrutura em formato de caracol localizada no ouvido interno.
É composta de mais de 30.000 células ciliadas, que transformam as ondas sonoras em impulsos elétricos que rapidamente serão enviadas ao cérebro, reproduzindo os sons.
A cóclea é a peça-chave no processo da audição. É encarregada de transformar os sinais acústicos (sons) em mensagens nervosas, para que o cérebro seja capaz de entendê-los.
Quais são as partes da cóclea?
Como funciona a cóclea?
Depois dos sons terem viajado através da orelha externa e do ouvido médio, chegam à cóclea (ouvido interno) movendo os líquidos do labirinto (perilinfa e endolinfa) o que gera uma onda que viaja através da membrana basilar.
A membrana basilar fica localizada na parte interna da cóclea e possui delicadas estruturas, chamadas de células ciliadas, que percebem os sinais acústicos e são capazes de diferenciar a intensidade (volume) e frequências (graves, médias e agudas). Por exemplo, tons de baixa frequência como latido de cachorro são detectadas na ponta da cóclea, chamada ápice, enquanto os sons de alta frequência, como o canto de passarinhos, são percebidos na base da cóclea.
O movimento da membrana basilar ativa as células ciliadas, que se despolarizam e traduzem esses movimentos em impulsos elétricos (estímulos) que são enviados ao nervo auditivo.
No nervo auditivo, continuam seu caminho até chegar ao cérebro, onde é dado o significado a estes sons.
Patologias ou anomalias na cóclea
- Anomalias nas células ciliadas: como as células ciliadas são estruturas bem finas (recebem este nome porque lembram cílios), são frágeis. Elas podem ser lesionadas por exposição a ruídos muito fortes ou por ingestão de medicamentos tóxicos, entre outros fatores. Caso ocorram lesões, elas deixam de exercer a função de converter sons em impulsos elétricos que são essenciais para a informação sonora chegar até o cérebro, gerando assim a perda auditiva.
- Ausência de células ciliadas: existe a possibilidade da pessoa nascer com poucas ou nenhuma célula ciliada, o que impede que os sons se convertam em impulsos elétricos, de forma que nunca chegarão ao nervo auditivo nem ao cérebro.
- Malformação congênita: podem acontecer em um ou ambos os lados, sendo assim chamados de unilateral ou bilateral. Nesses casos, o paciente apresenta formação incompleta ou total ausência da cóclea.
- Síndrome de Ménière: ocorre quando o líquido existente na cóclea se acumula dentro dela, sendo, portanto, um distúrbio no ouvido interno e que geralmente acompanha outros sintomas como quadros de vertigem, zumbido e perda auditiva.
É fundamental compreender que as células ciliadas, uma vez danificadas, não são regeneráveis.
O que é um implante coclear?
É um dispositivo médico, com um sistema que converte os estímulos sonoros captados pelo microfone do processador de som em sinais elétricos. Eles são entregues ao nervo auditivo através do feixe de eletrodos ou contatos ativos, capazes de substituir as células ciliadas da cóclea, encarregada de enviar estes sinais diretamente ao nervo auditivo.
Os implantes cocleares ajudam o paciente a recuperar sua confiança em si mesmo e melhorar sua comunicação com familiares e amigos.1 Assim como também aproveitar ao máximo cada aventura e a oportunidade de se desenvolver como desejar.
Como funcionam os implantes cocleares?
O implante coclear imita a função da cóclea, ausente ou danificada, estimulando diretamente o nervo auditivo. Desta maneira, ajudam o usuário a ouvir, fornecendo um som mais claro.
A Cochlear™ desenvolveu o sistema de implantes Nucleus®, constituído por duas partes:
O implante coclear: inserido através de uma cirurgia minimamente invasiva, possui uma parte colocada embaixo da pele e um fio de eletrodos inserido dentro da cóclea. Foi projetado para acompanhar o usuário por toda sua vida, sem necessidade de ser trocado.
Processador de som: é utilizado na parte externa da orelha, sendo um receptor de sinais auditivos. É um dispositivo pequeno e discreto.
Como funciona a audição através do implante coclear?
- Os microfones do processador de som captam os sons e o processador os converte em informação digital.
- Essa mensagem se transmite através da pele, pela bobina (antena).
- O implante envia os sons digitais para os eletrodos, estimulando o nervo auditivo.
O uso destes dois componentes, em conjunto, permite que o usuário desfrute um melhor rendimento auditivo.
Como funciona a audição através de uma cóclea sadia?
Quem é candidato ao implante coclear?
Tanto crianças, quanto adultos podem ser considerados candidatos, quando apresentam perda auditiva neurossensorial (de moderada a profunda) em um ou ambos os ouvidos.
É fundamental que o paciente realize uma audiometria feita por um profissional especialista para ter um diagnóstico adequado. Desta forma, o profissional poderá indicar a solução ideal para o caso.
Quer entender melhor como funciona um implante coclear?
Referência:
- Fitzpatrick EM, Leblanc S. Exploring the factors influencing discontinued hearing aid use in patients with unilateral cochlear implants. Trends in Amplification. 2010, 14; (4): 199–210
Isenção de responsabilidade
Procure aconselhamento junto do seu profissional de saúde sobre os tratamentos para a perda auditiva. Os resultados podem variar e o seu profissional de saúde irá aconselhá-lo acerca dos fatores que podem afetar o seu resultado. Leia sempre as instruções de uso. Nem todos os produtos estão disponíveis em todos os países. Contacte o seu representante local da Cochlear para obter informações sobre os produtos.
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