Por Natasha McDougald, diretora, gerência de produtos acústicos e marketing.
A otite média crônica (OMC) afeta até 330 milhões de pessoas em todo o mundo e calcula-se que 200 milhões delas tenham uma perda auditiva incapacitante* que requer tratamento (1). A Organização Mundial da Saúde estima que a otite média crônica possa contribuir para mais da metade do total mundial de casos de deficiência auditiva (2). Está claro que a OMC e a perda auditiva a ela associada são problemas globais. Os pacientes na América do Norte também são diretamente afetados e, como resultado, podem ter seu conforto e qualidade de vida afetados.
Os sistemas de condução óssea podem proporcionar aos pacientes com OMC uma melhora auditiva eficaz e estável durante o tratamento padrão da doença, demonstrando que podem ser o complemento ideal para tratar a perda auditiva (3, 4 e 5).
Dada a necessidade de oferecer opções de tratamento adequadas que abordem o componente de perda auditiva da otite média crônica, as soluções de condução óssea da Cochlear™ oferecem aos médicos, e pacientes que sofrem de OMC, uma opção com potencial para bons resultados e satisfação do paciente, principalmente em casos de perda auditiva com um gap aéreo-ósseo de 30 dB ou mais."
George Cire
Diretor de projetos técnicos clínicos Au.D na Cochlear
Tratamento conjunto de otite média crônica e perda auditiva
É importante se concentrar no tratamento da doença para que os pacientes tenham um ouvido protegido, seco e saudável. Também é fundamental entender que a perda auditiva relacionada à OMC pode afetar a qualidade de vida do paciente. É possível realizar a reabilitação auditiva de várias maneiras, incluindo cirurgias reconstrutivas do ouvido médio. No entanto, diversos fatores influenciam o resultado auditivo pós-operatório, sendo que seu determinante mais importante a longo prazo é o entorno do ouvido médio (6). Sabemos que 29% dos pacientes podem apresentar uma perda auditiva condutiva de >20 dB após a timpanoplastia (7), podendo precisar de uma intervenção auditiva adicional como parte do tratamento. Além disso, durante o tratamento da OMC, muitos pacientes podem não ter acesso a uma audição de qualidade enquanto aguardam uma próxima cirurgia ou tratamento.
Como serão os implantes cocleares do futuro?
Os sistemas de condução óssea são um tratamento seguro, confiável e eficaz para a perda auditiva relacionada à OMC (3). Pacientes com OMC que precisam de intervenção ou amplificação auditiva adicional para ter uma audição de qualidade podem experimentar uma melhora significativa da qualidade de vida após a solução de condução óssea (5). Além disso, para melhorar a audição, os sistemas Cochlear™ Osia® e Baha® mantêm o canal auditivo aberto, ao contrário dos aparelhos auditivos, o que pode reduzir a frequência de infecções crônicas do ouvido (8 e 9).
Dada a necessidade de oferecer opções de tratamento adequadas que abordem o componente de perda auditiva da otite média crônica, as soluções de condução óssea da Cochlear™ oferecem aos médicos, e pacientes que sofrem de OMC, uma opção com potencial para bons resultados e satisfação do paciente, principalmente em casos de perda auditiva com um gap aéreo-ósseo de 30 dB ou mais."
Kristan Afonso
MD Children's Healthcare de Atlanta
Você também pode considerar a condução óssea como uma intervenção auditiva no início do tratamento com o Baha Start não cirúrgico, que proporciona aos pacientes o acesso a uma audição de qualidade durante o tratamento entre cirurgias.
Código: D2238013
Referências
World Health Organization. Chronic suppurative otitis media: burden of illness and management options. 2004; https://apps.who.int/iris/handle/10665/42941. Accessed January 16 2020.
Acuin J and the Department of Child and Adolescent Health and Development, and the Team for Prevention of Blindness and Deafness of the World Health Organization. World Health Organization, Geneva; 2004.
Gillett D, Fairley JW, Chandrashaker TS, Bean A, Gonzalez J. Bone-anchored hearing aids: results of the first eight years of a programme in a district general hospital, assessed by the Glasgow benefit inventory. J Laryngol Otol. 2006;120(7):537-542.
Watson GJ, Silva S, Lawless T, Harling JL, Sheehan PZ. Bone anchored hearing aids: a preliminary assessment of the impact on outpatients and cost when rehabilitating hearing in chronic suppurative otitis media. Clin otolaryngol. 2008;33(4):338-342.
McLarnon CM, Davison T, Johnson IJ. Bone-anchored hearing aid: comparison of benefit by patient subgroups. The Laryngoscope. 2004;114(5):942-944.
Dornhoffer J and Walker D. Ossicular reconstruction. ENT & Audiology News2020;29(1).
Lewis A, . Vanaelst, B. Hua, H. Choi, B. Hol, M. Jaramillo, R. Kong, K. Ray, J. Thakar, A. Järbrink, J. Success rates in restoring hearing loss in patients with chronic otitis media: a systematic review. Eur Arch Oto-Rhino-L. 2020:Submitted manuscript. Funded by Cochlear Bone Anchored Solutions AB.
Medical Advisory Secretariat (2002). Bone anchored hearing aid: an evidence-based analysis. Ontario health technology assessment series, 2(3), 1–47.
Macnamara M, Phillips D, Proops DW. The bone anchored hearing aid (BAHA) in chronic suppurative otitis media (CSOM). J Laryngol Otol Suppl. 1996;21:38-40. doi: 10.1017/s0022215100136254. PMID: 9015447.
*A perda auditiva incapacitante se refere a uma perda auditiva superior a 40 dB no ouvido com melhor audição em adultos (15 anos ou mais) e superior a 30 dB no ouvido com melhor audição em crianças (0 a 14 anos).
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Autor convidado da Cochlear.
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