Dia internacional da Microtia: Histórias que inspiram e transformam

Este dia é um motivo para celebrar a força e a resiliência daqueles que vivem com microtia, uma malformação congênita do ouvido externo, caracterizada pelo desenvolvimento incompleto ou anômalo do pavilhão auricular (a parte visível do ouvido). Essa condição pode variar em gravidade, desde uma orelha menor que o normal até a ausência quase completa da estrutura do ouvido externo. Em alguns casos, pode ser acompanhada de atresia aural, que é a ausência ou o fechamento do canal auditivo externo, o que pode causar problemas auditivos.

Neste artigo, compartilhamos as experiências de três usuários que, ao longo dos anos, encontraram formas únicas de superar os desafios e transformá-los em uma fonte de crescimento pessoal. Cada um deles demonstram que a microtia não é uma limitação, mas parte do que os torna únicos.

Longe de focar nas dificuldades, esses testemunhos revelam como cada passo, desde a primeira consulta médica até a adaptação a um implante auditivo, é uma demonstração de superação. Suas palavras comovem, motivam e tornam visível uma realidade: a incerteza e a desinformação enfrentadas por todos que passam por essa condição.

Graças aos avanços no campo auditivo, eles experimentaram uma mudança importante na qualidade de vida. Os implantes auditivos não só lhes permitiram recuperar a audição, como também se conectar de maneira mais plena com o mundo ao redor. Conheça a seguir as inspiradoras histórias de Felipe Avellaneda, Mateus Klazer e Ana Cleide.

Felipe Avellaneda Usuário de Processador de Som Osia® Bogotá, Colômbia

Milena Espinosa e Alejandro Avellaneda, pais de Felipe (12 anos), relembraram seus primeiros momentos com a microtia e destacaram a importância dos implantes auditivos na vida de seu filho.

Como foi o momento em que souberam que Felipe tinha microtia?

“Descobrimos no momento do nascimento. Infelizmente, não tivemos nenhum tipo de acompanhamento médico ou científico a respeito; foi um momento de muitas emoções, entre as quais o medo por não saber como enfrentar essa situação, já que era algo desconhecido para nós e não sabíamos por que aconteceu. Ficamos muito tristes porque pensávamos que era nossa culpa e achávamos que o futuro do nosso filho seria muito difícil.”

Qual foi o impacto do implante auditivo na vida cotidiana do Felipe, tanto em casa quanto na escola?

“O impacto foi enorme, para melhor, e foi muito positivo. Em casa, fez com que Felipe se tornasse mais independente em todos os aspectos; desde cuidar do seu processador Osia (limpando-o todos os dias, trocando a bateria à noite, colocando-o no desumidificador) até realizar tarefas nas quais antes precisávamos estar presentes. Hoje em dia, ele faz tudo sozinho (praticar esportes e cuidar das suas coisas pessoais, limpeza em geral).

Na escola, ele sempre se destacou, ocupando os primeiros lugares, a ponto de ter sido premiado com a medalha de excelência pelo seu empenho nos estudos e por ser o melhor na aula de idiomas.”

Mateus Klazer da Conceição Usuário de Processador de Som Osia® Rio Grande do Sul, Brasil

Durante uma entrevista com a equipe da Cochlear América Latina, Jéferson César da Conceição, pai de Mateus (11 anos), contou parte da história de seu filho.

Como foi o processo de adaptação do seu filho(a) ao implante? Vocês se lembram de como foi a primeira vez que ele(a) ouviu com o dispositivo?

“Como ele usou desde muito pequeno, não teve grandes dificuldades para se adaptar, pois entendia que a prótese fazia parte do seu corpo. Na verdade, não podíamos retirá-la nem quando ele dormia, pois ele acordava e chorava; só conseguíamos tirá-la quando ele entrava em sono profundo. Tanto no primeiro uso quanto quando o dispositivo voltava da manutenção, a ativação da prótese causava uma cena comovente. Seus olhos se abriam, suas pupilas se dilatavam e um sorriso preenchia seu rosto. Era impossível não se emocionar ao ver sua reação ao ouvir novamente.”

Que conselhos vocês dariam a outros pais que estão considerando um implante auditivo para seus filhos com microtia ou perda auditiva?

“O conselho que dou é que façam isso o quanto antes. Avaliem cuidadosamente as soluções adequadas para seus filhos, mas façam.

Muitos pais dizem que seus filhos ouvem sem próteses, que não é necessário usar, mas muitas vezes não conseguem avaliar as perdas que estão tendo, tanto em suas vidas sociais quanto em seu desenvolvimento.

No dia em que virem seu filho ouvir 100%, terão a certeza de quão feliz ele estará com sons que, para nós, que ouvimos, parecem simples, mas que para eles são uma vitória. No dia em que meu filho chorou ao ouvir o som de um avião no céu, soube que estávamos no caminho certo e que deveria orientar outros pais a seguir o mesmo caminho.”

Como foi o seu processo de aceitação da microtia?

Ana (23 anos) relembrou como foi sua infância com a microtia e contou com orgulho sua jornada auditiva.

Como foi o seu processo de aceitação da microtia?

“Graças a Deus, tive uma família muito solidária em relação à minha deficiência auditiva, minha microtia. Devo tudo à minha mãe. Ela sempre trabalhou no campo da educação e conhecia bem o bullying nas escolas. Nunca me tratou de forma diferente. De fato, costumava dizer: “Como você não ouve bem e não tem orelha, precisa sentar na frente da sala e prestar atenção. Porque a vida será mais difícil para você e você terá que se esforçar mais”. 

Uma prova disso é que me lembro de quando estava na escola primária e alguém fez um desenho de mim mostrando que eu não tinha orelha, e fiquei muito triste. Minha mãe me levou até o espelho, levantou meu cabelo e perguntou: “Você tem toda a orelha?”. Eu respondi que não. Então ela disse: “Ninguém mentiu, você precisa se aceitar como é. Não ter orelha não te torna melhor nem pior que ninguém”. Minha família sempre me aceitou e isso ajudou muito com a questão estética. Portanto, nunca foi realmente um problema para mim não ter orelha nem ter microtia. Inclusive, digo que gosto disso, porque faz parte de quem sou. Sempre lidei bem com a microtia porque tive esse exemplo em casa.”

Como foi a sua adaptação ao implante auditivo?

“Usar o Processador de som Baha®, o implante da Cochlear, me permitiu ter bilateralidade auditiva e me deu confiança para me comunicar. Antes, eu não me sentia segura para falar com alguém que estivesse ao meu lado direito, e esses são pequenos detalhes que a gente valoriza muito. A primeira vez que consegui ouvir bem foi mágico, sem estresse, sem dificuldades.”

Histórias de resiliência e esperança

Hoje, celebramos a diversidade humana e a extraordinária capacidade de transformar desafios em oportunidades de crescimento e superação. A tecnologia e os avanços médicos, como os dispositivos auditivos da Cochlear™, apoiam essa jornada, permitindo uma experiência auditiva mais plena e conectada para quem busca ouvir e viver com confiança.

Código: D2288120

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Procure aconselhamento junto do seu profissional de saúde sobre os tratamentos para a perda auditiva. Os resultados podem variar e o seu profissional de saúde irá aconselhá-lo acerca dos fatores que podem afetar o seu resultado. Leia sempre as instruções de uso. Nem todos os produtos estão disponíveis em todos os países. Contacte o seu representante local da Cochlear para obter informações sobre os produtos.